Segundo o Jornal Folha de São Paulo, o mercado do luxo passou a investir em Brasília, além do eixo Rio-São Paulo. Com o segundo maior PIB per capita entre as capitais, a cidade entrou no radar de badaladas marcas internacionais, em um segmento que movimentou cerca de R$ 16 bilhões no país em 2010.
Em outubro, a Tiffany & Co. abriu na capital federal a terceira loja no Brasil, já há duas em São Paulo. Antes da joalheria, chegaram a Empório Armani e Burberry, que abriram suas únicas unidades próprias no Brasil.
Pesquisa da consultoria GFK mostra que, para os empresários, Brasília é a melhor cidade do país para investir fora do eixo Rio-São Paulo.
Grifes como Gucci, Tiffany e Christian Louboutin, estão pulando a etapa carioca e partindo de SP a Brasília. A inauguração do shopping Iguatemi em março do ano passado contribuiu para isso.
A decisão por Brasília não considera somente o percentual de pessoas das classes A e B, mas também por representar uma porta de entrada para as regiões Norte e Centro-Oeste.
Em 2012, será inaugurado a Outlet Premium Brasília, como lojas como Lacoste e Nike. Chegaram também boates e hotéis, como filiais do Bela Sintra, Gero e Pobre Juan.
Não dá para negar que o mercado de luxo é menos afetado pelas crises e pela variação da cotação do dólar. Nesse contexto, os países emergentes, como o Brasil, vem ganhando cada vez mais destaque.
Segundo a Época Negócios, o resultado está diretamente ligado à relação emocional que o brasileiro tem com consumo. Outro estudo feito pelo Instituto Francês de Opinião Pública (Ifop) e pela MCF mostrou que, em países como Brasil, Rússia, China, México e Argentina, o consumo de marcas de Luxo é uma maneira de distinguir-se socialmente.
Na Índia, por exemplo, é uma expressão da própria personalidade, aponta o relatório Living Luxury – in Emerging Markets. No Brasil, afirma a pesquisa, o luxo é visto como um presente para si mesmo, como resultado de merecimento.
Os países do Bric são estratégicos para o crescimento do segmento do Luxo. Segundo o levantamento, o potencial de crescimento nestes mercados é: China 83%; Brasil 43%; Índia 37% e Rússia 30%.